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A Pré-História
A Pré-História

 

 

A PRÉ-HISTÓRIA

 

CONCEITO E DIVISÕES

O imenso período que vai do aparecimento do homem até a elaboração dos seus primeiros testemunhos escritos, é o que denominamos de pré-história.  Este período, por alguns denominado de pré-letrado, por desconhecer qualquer forma de linguagem escrita, deixou como fontes de estudo, armas, utensílios e restos dos homens primitivos, enterrados ou conservados nas cavernas.

 

A duração da pré-história é muito maior do que a da história.  No mínimo, equivaleria aproximadamente, há sete dias comparados com uma hora.  Convém considerar, no entanto, que nem todos os povos atravessaram os mesmos estágios simultaneamente.  Enquanto o Egito já vivia plenamente nos tempos históricos, muitos países europeus se achavam culturalmente na pré-história.  Ainda hoje, certos povos não civilizados, como algumas tribos indígenas brasileiras, estão em plena fase neolítica.

 

Segundo o material de que o homem pré-histórico se serviu para a construção de suas armas e de seus principais utensílios, divide-se a pré-história em idades, subdividindo-se, estas, em períodos.

 

Temos a Pré-História, que foi dividida em:

Idade da Pedra

Idade dos Metais

E que se subdividiram-se em:

Idade da Pedra em:  Eolítico, Paleolítico Inferior, Paleolítico Superior, Neolítico;

Idade dos Metais em:  Bronze e Ferro.

 

O EOLÍTICO.

O homem eolítico é culturalmente o tipo mais atrasado que se conhece.  Há provas fragmentárias da existência de duas espécies humanas nesse período: o homem de Java (Pithecanthropus erectus), descoberto por Dubois, paleontólogo holandês, e o homem de Pequim (Homo pekinensis), descoberto por Davidson Black e Weidenreich.  As duas espécies não têm identidade biométrica entre si e não foram contemporâneas, havendo existido separadas por milhares de anos.  O homem de Java, era dotado de uma caixa craniana de capacidade menor do que a do homem atual.  Suas cincunvoluções cerebrais eram m ais simples que as do homem civilizado e mais complexas que as dos grandes macacos.  Possivelmente é a espécie humana mais antiga que se conhece.

 

Tanto o Pithecanthropus erectus como o Homo pekinensis não conheceram Estado, agricultura, propriedade privada, animais domésticos e religião.  Embora se aproveitassem do fogo eventualmente encontrado, eram incapazes de acender uma fogueira.

 

PALEOLÍTICO INFERIOR.

No Paleolítico Inferior (subdivide-se em quatro etapas: pré-chelense, chelense, achelense e musteriense.) o homem já estava melhor preparado para sobreviver.  É possível que já tivesse uma grosseira forma de organização grupal indispensável para a caça aos grandes animais, feita com armas de pedra lascada.  As principais raças desse período são as de Neanderthal e a de Heidelberg.

 

O Homem de Neanderthal, era de estatura reduzida, ossos curtos e fortes e poderosas musculaturas.  A espinha dorsal meio curva e os fêmures arqueados indicam que o Homem de Neanderthal não tinha uma posição rigorosamente ereta e que seu andar era pesado.  Culturalmente o Homem de Neanderthal apenas se destaca por enterrar seus semelhantes em sepulturas rasas, juntamente com alguns instrumentos pertencentes ao morto.

 

Do Homem de Heidelberg 9 Descoberto em 1907, em Mauer, perto de Heidelberg, na Alemanha.) possuímos apenas uma mandíbula.

 

Estudos de reconstituição anatômica apresentam o Homo heidelbergensis como um dolicocéfalo de arcadas superciliares salientes.  Mostra certas semelhanças com o Homem de Neanderthal, embora seja mais evoluído.

 

PALEOLÍTICO SUPERIOR.

Provavelmente foi uma glaciação (Reduções periódicas da temperatura da Terra.  Admite-se a existência de três grandes glaciações na pré-história.  Ao que parece, estamos vivendo o final de uma glaciação, pois se registram aumentos de temperatura em diversas zonas da Terra.) que operou as profundas transformações na flora e na fauna pré-histórica que assinalam o início do Paleolítico Superior.  O homem conheceu então animais como o mamute e a rena, tangidos para o sul pelo frio.  Nas paredes das cavernas em que habitou, deixou o homem do Paleolítico Superior desenhos e pinturas que constituem um magnífico material para estudo de suas condições de vida e de sua organização.

 

A principal raça desse período é a de Cro-Mognon (Descoberta na França, na localidade de mesmo nome.).  De elevada estatura física, espáduas largas e capacidade craniana aproximadamente igual à média moderna, o homem de Cro-Magnon atingiu grande progresso material.  Costurava suas roupas, feitas com peles de animais, com agulhas de osso e cozinhava alguns alimentos.  Construiu choupanas nas regiões onde havia deficiência de abrigos naturais, e suas criações artísticas, surpreendentemente belas, indical certa divisão de trabalho.

 

As primeiras manifestações religiosas no homem pré-histórico pertencem ao homem de Cro-Magnon, sob a forma de magia.  Nas pinturas de suas cavernas são representados os seus desejos que, gravados ou pintados na rocha, são quase sempre apelos mágicos para a realização de cenas de caça ou de reprodução de animais.

 

O homem do Paleolítico Superior, notadamente o de Cro-Magnon, conseguiu sobreviver apesar das adversidades do meio físico e da descaracterização produzida pela miscigenação racial.  Nas populações do norte da Espanha e do sul da França, ainda hoje podemos encontrar traços físicos remanescentes dos antigos pintores de cavernas da pré-história.

 

O NEOLÍTICO.

O Neolítico foi um estágio cultural avançado na pré-história.  Seu fato mais significativo é que o homem anteriormente coletor de alimentos passou a ser produtor dos mesmos e percorreu distâncias consideráveis espalhando-se por todo o mundo.  Penetrou na América, atingiu o Havaí.

 

O homem neolítico pertence à categoria do Homo sapiens.  Está fixado ao solo pela agricultura e pela domesticação de animais; seus instrumentos de pedra caracterizam-se pelo polimento, fato que justifica a denominação de período da pedra polida, dada também a esta fase.

 

A cerâmica é outra conquista da inteligência neolítica.  Constroem-se também monumentos funerários conhecidos como monumentos megalíticos, entre os quais, se destacam os dólmens, compostos de pedras verticais que servem de apoio a uma grande pedra horizontal formando câmaras funerárias, e os menhires, pedras erguidas verticalmente no solo, de dois a doze metros de altura.  Muitas vezes, em grande número, formam alinhamentos como o de Carnac, na França, ou então cromlechs, quando dispostos em forma circular.  Em muitos povos neolíticos é comum a construção de palafitas, casas erguidas nos lagos por meio de estacas.

 

A religião e a propriedade privada são instituições nascidas do Neolítico.  O rudimento religioso estava bem expresso no totemismo.  A concepção do totem é baseada na presunção de que este é o antepassado de seus adoradores.  Geralmente é um animal ou uma planta de quem se espera proteção, mediante uma série de prescrições ou proibições denominadas tabus.

 

Os adoradores de um mesmo totem formam um clã, que é uma unidade religiosa independente da aldeia.

 

A propriedade privada foi uma consequência direta da agricultura; a cultura do solo fez que certas áreas de terra tivessem mais valor, induzindo os mais fortes ou mais astutos para delas se aproveitarem.

 

A Idade da Pedra foi substituída gradativamente por uma cultura baseada no aproveitamento dos metais.  O conhecimento e o uso dos minerais foi um processo lento.  O primeiro metal empregado pelo homem foi o cobre, cujo uso começou no Egito, pouco depois de 4000 a.C., estendendo-se depois pelo Oriente Próximo, onde, ligado ao estanho, deu origem ao bronze.

 

O ferro foi usado primeiramente pelos hititas, a partir de 1500 a.C., e posteriormente por outros povos orientais.  Admitimos, no entanto, que o descobrimento do ferro, como o do cobre, se deu em regiões distintas e sem influência mútua.